quarta-feira, 27 de março de 2013

Desabafo



Tenho andado um bocado em baixo a pensar na quantidade de pessoas que já perdi, por causa deste Porco, que por muito que Inche, às vezes não morre.

Preocupa-me que apesar do tempo ir passando e sermos invadidos por uma grande esperança, de que nunca mais vamos ficar doentes, esperança essa que é proporcional ao tempo já decorrido, em certos casos, a vida dá uma volta e somos apanhados desprevenidos ou não, e o Porco volta.

Não que no meu caso, para já seja esse o caso, aliás, muito pelo contrário, pois parece que está tudo a correr muito bem, mas é inevitável  fazer comparações e por cada caso que conhecemos de alguém que estava em remissão há 4, 5 anos e que de repente voltou a ficar doente, um pânico atinge-nos o peito e impede-nos de respirar e  raciocinar.

Nessas alturas, velhos demónios, voltam a rondar o nosso pensamento e o mais estúpido é que não há nada que possamos fazer, para impedir que esse receio não se transforme em realidade.

Todos estamos cientes que cada caso é um caso, para o bom  para o mau e apenas podemos rezar/pedir, para não voltarmos a ser contemplados com esse presente envenenado.

Porque às páginas tantas, não sabemos se vamos ser a excepção á regra ou a regra que confirma a excepção e se na maioria dos dias, tal como os restantes mortais não nos lembremos que todos teremos um fim, outros dias há que esse fim, que pode até não estar nada próximo, parece surgir logo alí, ao virar da esquina, numa velocidade vertiginosa.

Nesses dias, apressamo-nos a fazer balanços e planos, por forma a tentar garantir, que se o fim estiver perto, pelo menos tentámos fazer tudo o que está ao nosso alcance para sermos o mais feliz possível, que concretizámos todos os nossos planos, projectos e que não deixámos nada por dizer.

E se na maior parte dos dias estes procedimento parecem ser suficientes para aquietar um coração palpitante, outros há, como hoje, que me parece muito pouco e que não resolvem o meu problema.

Resta-nos esperar por dias melhores.
Gigi

terça-feira, 26 de março de 2013

Para....béns...Joaninha



Vou sentir a tua falta, mas até lá bora curtir.

Espero que o dia de hoje seja maravilhoso como mereces.

Beijos
Big Sis

segunda-feira, 25 de março de 2013

RIP Michael



Foi com muita tristeza que recebi a notícia no sábado que o Michael Ferreira faleceu no passado dia 22/Março.

Eu conheci o Michael no dia 5  Junho de 2008, aquando da 1ª Reunião Nacional da Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa, no Hotel Sana Lisboa, sob  o tema Cuidar em Oncologia, Reabilitar a Vida!, num painel cujo tema era "Vivências da Doença Oncológica no Jovem".

O Michael, era um jovem que estava a lutar contra uma Leucemia e que tinha o blog mais fantástico sobre cancro, que eu já li. Com uma capacidade fora do vulgar para a escrita, com um sentido crítico e sentido de humor muito apurado, partilhou com todos aqueles que o seguiam  as suas aventuras e desventuras, que muitas vezes me fizeram chegar as lágrimas aos olhos, mas de tanto rir.

Muitos de vós se recordarão dele, pois andava À Chapada com uma tal de Leucemia.

O seu talento para a escrita era tão grande que colaborou com os Phazer, banda que era fã e amigo, na elaboração de letras.

Partiu no sábado, depois de mais de 4 anos de luta contra a Leucemia, mas deixou um legado que não vai ser esquecido. Deixou marca em todos aqueles que de uma forma ou de outra o acompanharam na sua batalha.

Michael, estejas onde estiveres, um beijo grande para ti.
Gigi