terça-feira, 1 de maio de 2012

Ao contário das Ondas

Em torno de dois homens e uma mulher, um retrato irónico e sensual da nossa sociedade. Em cada uma das quatro partes deste romance, uma personagem se desnuda ou tenta fazê-lo, até aos limites do possível, e uma sociedade consumista, hedonista e angustiada vai surgindo em seu redor. No entanto persiste em algumas dessas personagens, cuja trajectória de vida passou pelas grandes transformações do 25 de Abril, um conflito interior entre ideais e ambições. Assistimos a separações, novas ligações e frustrações de vária ordem e a conflitos de geração. Perto do final, uma decisão do governo sobre a privatização da justiça vem alterar o comportamento de várias personagens.

  Ao Contrário das Ondas é um romance intimista, a quatro vozes, que dissecam as delícias e armadilhas do amor, da amizade e dos ideiais, voláteis e permeáveis à passagem do tempo, ao cinismo e ambições sociais. Nele se reflecte sobre o capitalismo neoliberal e se avança com a hipótese da privatização parcial do sistema judicial: nele se rema contra a maré, combatendo as ondas da massificação e da globalização e acenando com valores e propostas de um futuro diferente

Já havia lido este livro há 5 anos, era o livro que estava a ler quando me foi diagnosticado o Linfoma e apesar de ter muito poucas páginas, demorei uma eternidade e lê-lo. Lembro-me de estar na sala de espera do Hospital Cuf Descobertas a tentar acaba-lo mas não me conseguia concentrar, lia as palavras, mas não conseguia reter as informações.


Parecia que o meu cerebro, não tinha capacidade para mais informações.


Ainda por cima, era um livro que havia sido recomendado pelo extinto clube de leitura da Casa do Pessoal do ISP e portanto achei que merecia uma segunda oportunidade.


Pois bem, 5 anos depois, lá peguei nele outra vez e li-o todo, desta vez totalmente concentrada e gostei.


Gi

1 comentário:

Nela disse...

Empresta, sff. beijos